A dor de uma perda pode durar muito, talvez numa vida inteira ainda machuque tanto quanto no primeiro dia.O que pensar na dor de uma nação que chora a destruição de suas esperanças mais profundas, que no caso do Haiti poderia ser desejo de uma vida pacífica, livre da violência e crueldade, onde a liberdade pudesse exercer seu legítimo direito de expressão e soberania.
A historia dessa nação desde a chegada de Cristovão Colombo foi marcada pelo terror, opressão.
Primeiramente pelos espanhois, depois os franceses e mais recentemente os Estados unidos que no papel de protetor, desfilou na arrogância seu imenso desejo de poder.
Mas e daí?. Você pode pensar, o que isso tem a ver?. Essa catástrofe foi obra da natureza e não do sanguinário Papa Doc.
Foi obra da natureza sim, e foi devastador, mas quando vejo a todos nós comprometidos em ajudar esses irmãos em humanidade, fico com uma feliz suspeita que estamos recuperando o nosso potencial amoroso, e não apenas sendo generosos, mas
exercendo o dever divino de acolher nossos pais, filhos, irmãos, pois que somos todos uma grande nação humana, e negligenciamos ao longo da história a nossa responsabilidade, com todo seu suplicio.

O sofrimento do povo Haitiano não é só dele, porque o seu sangue derramado e sua dor repercutirá em nós para sempre, como um carimbo divino, lembrando que não basta existir, mas sim que nesta extraordinária viagem, nossa vida tenha significado.